Aos 60 anos, Rosa Mota vence em Macau: “Não tinha nada que fazer, resolvi participar”

Campeã olímpica da maratona dos Jogos de Seul, em 1988, conta ao DN como ganhou a mini-maratona e que mantém o espírito competitivo aos 60 anos.

Estamos em 2018 mas uma das notícias deste domingo é a vitória de Rosa Mota numa prova internacional, neste caso a mini-maratona de Macau. Aos 60 anos e três décadas depois de ter conquistado a medalha olímpica na maratona dos Jogos de Seul, na Coreia do Sul, a antiga atleta foi a primeira a cortar a meta após 5.200 metros em 22:02 minutos.

“Foi ótimo. Têm aqui a mini-maratona, não tinha nada que fazer e resolvi participar. Continuo a gostar de correr mas só faço distâncias curtas, até 10 quilómetros”, sintetizou ao DN a sempre simpática ex-campeã do mundo e da Europa, que foi convidada pela organização da 37.ª Maratona Internacional para assumir o papel de embaixadora anti-doping. “Fizemos uma ação de sensibilização para os atletas e explicámos o que é o controlo antidoping. Achei muito interessante e nunca tinha visto tal noutro lado do mundo. A batota e o doping existem, mas temos de tentar acabar com eles”, acrescentou, agrada com a organização.

Sobre a sua prova, a antiga maratonista explicou o triunfo em solo macaense. “Iam três atletas jovens à minha frente. Aos 1000 metros passei uma, depois passei outra e aos 2500 metros isolei-me na frente. Quando entrei no estádio, tentei não perder. Não ganhei com um avanço muito grande. Se puder ganhar, não vamos deixar ganhar os outros”, narrou a veterana atleta, que admitiu que já não faz treinos de séries mas não quis alongar-se sobre as rotinas e métodos de treino que leva aos 60 anos para se apresentar bem preparada nas corridas.

Fonte: dn.pt